O mercado imobiliário nacional apresentou aumento dos lançamentos e das vendas no segundo trimestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018, com redução do estoque de imóveis residenciais novos, de acordo com pesquisa divulgada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Os lançamentos de imóveis no país cresceram 11,8% e atingiram 30.607 unidades. Por sua vez, as vendas de imóveis subiram 16,0% chegando a 32.813 unidades.
Com mais vendas do que lançamentos, o estoque (que considera imóveis na planta, em obras e recém-construídos) recuou 8,7%, atingindo 111.055 unidades. Com essa velocidade de vendas, seriam precisos 11,1 meses para escoar esse estoque. Um ano antes, eram necessários 13,1 meses.
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, avaliou que as Regiões Sudeste e Centro-Oeste estão puxando o crescimento do mercado imobiliário no Brasil.
No Sudeste, disse ele, a melhora se deve à economia mais pujante do que em outros Estados, especialmente em São Paulo. Já no Centro-Oeste, a economia local é movimentada pelo agronegócio. “O mercado imobiliário continua se recuperando”, afirmou.
Martins observou também que o preço dos imóveis, na média, apresentou uma alta real em torno de 8% acima da inflação desde o início de 2017, quando a pesquisa começou a ser feita. “O preço do metro já passa a ser importante”, frisou.
No acumulado do primeiro semestre de 2019 frente ao mesmo intervalo de 2018, os lançamentos subiram 15,4%, para 46.215 unidades, e as vendas aumentaram 12,1%, para 59.521 unidades.
Projeções
A CBIC reiterou a expectativa de um crescimento na ordem de 10% e 15% nos lançamentos e vendas de imóveis em 2019 frente a 2018, considerando os projetos financiados por meio de recursos originados na caderneta de poupança, e estabilidade nos negócios para projetos envolvendo recursos originados do FGTS, cujo orçamento caiu.
O presidente da CBIC avaliou que o mercado está em recuperação, ainda que algumas praças estejam mais aquecidas do que outras.
Nova linha de crédito
Em relação à nova linha de crédito imobiliário indexada ao IPCA, ele disse esperar que o impacto seja pequeno no curto prazo. “Deve ter um impacto imediato nas vendas, mas não uma significância tão grande”, afirmou.
Martins observou que os financiamentos da nova linha devem somar cerca de R$ 10 bilhões, o equivalente a cerca de 10% dos financiamentos já previstos no ano.
Fonte: Exame